Meus textos

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Palavras Douradas


Palavras Douradas

Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Provérbios 25:11.  

Certa vez, eu estava lendo o livro de Provérbios e me deparei refletindo sobre este interessante provérbio que compara a palavra falada na ocasião oportuna às maçãs de ouro servidas em bandejas de prata.  Inevitavelmente comecei a pensar no valor das palavras que falo e a quem falo, como falo e em que momento as falo, e me perguntei: “Quantas delas são tão preciosas assim?”
Realmente, trata-se de um tesouro irrecusável os bons conselhos na hora da dúvida, ou o suave consolo em face da aflição, como também é valioso o encorajamento diante do medo.  Existem palavras que são bálsamo para dor e outras que são colírio para os olhos, que as vezes não enxergam muito bem a verdade sem a ajuda de uma boa palavra.
Recordei-me de um testemunho que ouvi há muito tempo atrás, não sei ao certo quando foi, mas certamente me fez pensar no valor do produto dos lábios que se abrem em sabedoria.
Certo homem agricultor chamado José e sua esposa, a linda Maria das Flores, moravam numa pequena fazendinha que José herdara de seus pais. Eles eram muito felizes, pois na terra onde viviam e trabalhavam juntos, conseguiam tudo que precisavam para viver.
Houve uma terrível seca naquela região, e o jovem casal perdeu muitos animais e colheitas inteiras. As coisas ficaram difíceis, e José tomou uma importante decisão, partir em busca de trabalho para conseguir juntar um bom dinheiro para mudar a sorte de sua família.
Montando seu estimado cavalo viajou muitos dias, até chegar a terras distantes não atingidas pela avassaladora seca. Encontrando uma enorme e linda fazenda resolveu pedir emprego, pois lidar com terra e com animais era oque mais gostava e sabia fazer. Foi recebido pelos empregados da fazenda que o conduziram até o proprietário, o Sr. Teófilo, que percebendo o desgaste físico e o estado abatido de José por causa da grande viajem lhe oferece uma refeição e um bom banho para o até então desconhecido peregrino. Ambos conversam muito, José conta sua história à Teófilo que se compadece dele dando-lhe trabalho com os outros peões da fazenda.
José trabalhava muito, se destacava entre os outros empregados da fazenda e começava a adquirir o respeito dos colegas. Quando chegou a hora dos empregados receberem seu salário, José não quis receber dizendo ao seu patrão:
“Aqui eu tenho comida e lugar para dormir, não tenho nenhuma outra necessidade, percebo que o senhor é um homem sábio e honrado, então gostaria que me ajudasse guardando os meus salários e quando chegar a hora de partir levarei  o dinheiro para minha família”.
De fato o Sr. Teófilo era um homem muito sábio, justo e honrado, compreendendo a vontade de José ele resolve atender o seu pedido e guarda em um cofre o salário, e assim o faz todos os meses.
Passam-se os anos, e de peão José passa para capataz e depois á administrador da fazenda, sempre trabalhando com muita dedicação e amor. Depois de vinte longos anos José procura o Sr. Teófilo, que já não é somente seu patrão, mas sim seu mentor e melhor amigo para lhe pedir as contas dizendo:
“Meu velho amigo, chegou a hora de voltar para minha terra e para minha Maria, em todos estes anos te servi, mas agora preciso que me dê meu salário e me deixe partir”.
Seu patrão faz as contas, reúne o dinheiro e fala a José:
“Tenho uma proposta a você, posso lhe dar todo o seu dinheiro e você volta e o usa como quer, ou... ao invés de lhe dar todo o dinheiro posso lhe dar uma parte somente e o restante pago com três valiosos conselhos. Não precisa responder agora, durma esta noite pense um pouco e amanhã faça sua opção”.
José perturbou-se muito com aquela proposta, mas não desconfiou de seu patrão, afinal de contas eram amigos também, além do mais, se em todos estes anos que conviveram juntos ele aprendeu algo sobre aquele homem, seria o fato de se tratar de uma pessoa honrada, justa e muito sábia. No dia seguinte  José respondeu ao Sr. Teófilo:
“Fiz minha escolha, vou querer os conselhos, pois sei que a sabedoria que o senhor possui é muito valiosa”.
O Sr. Teófilo apanha uma bolsa, dois pães grandes e um grande embrulho de presente e diz:
“Este pão é para você comer na viagem, este outro no pacote é especial, coma com sua família quando chegar em casa, o embrulho é um presente meu para você e sua esposa, abra-o com ela com os meus cumprimentos. Dentro desta bolsa está o dinheiro que lhe sobrou e três envelopes contendo os conselhos que compraste, use-os quando estiver confuso, em dúvida ou perdido”.
Os dois se abraçaram e choraram então José despedindo-se de todos partiu montado num jovem e forte cavalo.
Depois de um dia de viagem José encontrou outro cavaleiro que cavalgava na mesma direção, logo conversaram e tornaram-se companheiros de jornada. No dia seguinte chegaram ao ponto em que a estrada desviava para contornar uma densa floresta, José estava pronto para seguir viagem normalmente quando seu companheiro exclamou:
“Para onde vai José? Seguir pela estrada é um caminho muito longo... Vamos atravessar a floresta e ganharemos pelo menos um dia de viagem!”
José olha, acha o atalho um tanto perigoso e suspeito, fica em dúvida, entretanto se lembra  das sábias palavras de seu patrão. Sacando um envelope ele lê o primeiro conselho:

Há caminho que ao homem parece bom, mas o fim dele são os caminhos da morte.1

Após refletir sobre as palavras decide não seguir o companheiro e despedem-se.
Passaram-se dois dias e José chega a uma estalagem na beira da estrada. O estalajadeiro quando vê José pergunta:
“Você não encontrou um homem cavalgando nesta direção em seu caminho? Pois meu irmão deveria chegar hoje de viagem, é que somos sócios.”
Os dois conversam e descobrem que o companheiro de viagem de José é o referido homem. O estalajadeiro chora esperando o pior quando descobre que seu irmão pegou o perigoso atalho da floresta e deveria ter chegado um dia antes. Muito triste José segue para seu quarto, e após um banho quente se põe a dormir.
Quando já era noite alta José desperta com gritos apavorados de Socorro que partem do lado de fora da estalagem. Assustado e confuso com aquela situação, José olha pela janela, mas não vê nada além da enorme lua. Vestindo-se para tentar ver o que estava acontecendo lá fora, mais uma vez lembra-se das sábias palavras de seu patrão, tomando mais um envelope o lê na esperança de que nele contenha alguma luz para esta confusão, nele estava escrito:

O alto caminho dos justos é desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma.2

José volta para sua cama e decide não sair, ao amanhecer pergunta ao estalajadeiro: “O que estava acontecendo durante a noite e porque estavam gritando?”.
O homem lhe pede desculpas e diz: “Perdoe-me estava tão arrasado com o desaparecimento do meu irmão que me esqueci de te avisar. Na lua cheia um homem louco e violento grita por socorro nestas proximidades esperando que algum viajante desavisado saia para ver o que está acontecendo, e então ele o ataca e o mata”.
Mais uma vez nosso peregrino teve a vida poupada por um sábio conselho, mas a viagem ainda não terminou, resta pelo menos um dia de caminho galopando bem rápido, e José está com muita saudade de sua amada esposa.
Até que enfim, ele está chegando e logo vê da chaminé uma fumaça, é a hora do jantar. Ele se aproxima da janela e vê ao fogão sua linda Maria das Flores, tão bonita quanto no dia em que ele partiu, mas algo acontece... Um rapaz mais jovem aparece abraça Maria, lhe dá um beijo no rosto. “Não pode ser!!!” Pensa José já se afastando da janela com lágrimas molhando seus olhos.
Já cego de ciúmes, louco de ira e perdido de coração José apanha o machado de cortar lenha de sobre o tronco e parte para vingar-se. Então de repente um estalo diretamente da sua mente lhe diz: “Resta-lhe ainda um conselho!”. Ele trêmulo saca o envelope da bolsa abre e lê:

Um tolo expande toda a sua ira; mas o sábio a encobre e reprime. O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.3

Meditando nas palavras que leu no último conselho, respira fundo várias vezes solta o machado e decide falar com sua esposa. Bate na porta, Maria se aproxima e quando abre a porta toma um choque, surpresa e muito emocionada logo se põe a chorar, abraçando José beija-o, mas os lábios e braços dele não se movem, são como pedra, ela assustada afasta-se não entendendo o desprezo de seu marido olha em seus olhos como quem pergunta por quê?
 José começa a replicar: “Durante estes vinte anos eu tão somente trabalhei, e me mantive fiel, suportei todas as tentações, superei as dificuldades só pela esperança de voltar para você e lhe dar uma vida melhor... Por que você não pôde me esperar? Por que me traiu??
Enquanto ele ainda fala o jovem rapaz se aproxima, Maria o chama e diz: “Paulo José, venha conhecer o seu pai”.
Ele parado na porta não podia acreditar, mas quando vê o rapaz de perto é como olhar um espelho a vinte anos atrás, os mesmos traços, o mesmo cabelo, era de fato seu filho? Maria explica: “Quando você me deixou há vinte anos, eu não sabia, mas estava grávida de nosso filho. Foi por isso que nunca me senti só, porque tudo nele me lembrava você José.”
E todos se abraçam e choram muito, enfim é hora do jantar, e José trouxe um pão especial para comer com sua família, e quando todos estavam a mesa abriram o presente que o Sr. Teófilo mandou com seus cumprimentos, era um lindo livro com uma dedicatória: “Aqui está toda sabedoria que precisei em minha vida, e toda a sabedoria que um homem pode precisar, Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem e guardam as palavras deste livro”.
Muito felizes partem o pão especial, e para surpresa de José dentro dele está o ouro correspondente ao restante do salário de José.  Diga-me você leitor qual foi o melhor presente de Teófilo?

1Pv 14:12; 2Pv 16:17; 3Pv 29:11; 10:12.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

saudades

Que me lembro a primeira vez que senti saudades foi logo após a separação dos meus pais. Recordo-me de acordar no meio da noite com uma sensação que mais parecia com uma dor, estava sentindo falta do meu irmão, pensar em ficar longe dele era horrível.
A vida continuou morei na casa da minha avó Zuca por 12 anos. Na primeira noite depois que mudei não consegui dormi de tanta saudade dela.
O ministério me tirou de perto da minha família muito cedo, no começo senti muita falta dos amigos, primos e irmãos de São Paulo, me esforcei e acho que consegui suportar bem, na verdade esquecer era mais fácil naquele tempo.
Quando sai do Brasil mais uma vez tive que me adaptar a nova cultura, foram quase 3 anos de maravilhosos as dificuldades não se comparavam com o prazer de começar uma igreja genuinamente missionária. Quando chegou o tempo das despedidas foi difícil. Deus carinhosamente permitiu que no novo país que fomos (Peru) pudéssemos levar nosso grande amigo Pr. Paulo e sua esposa Luciana. Servimos juntos por seis meses e a despedida foi complicada, minha esposa e eu sentimos muita falta deles, entrar em casa e olhar a casa vazia foi muito doloroso.
Depois disso já fui ao Brasil rever família e amigos e isso é sempre maravilhoso.
Esse mês meus país vieram nos visitar, ficaram 18 dias. Fomos conhecer pontos turísticos, comprar lembranças, conhecer as comidas típicas e fazer exames médicos (hehe). Nesses últimos dias me lembrei como era bom ter família por perto.
Hoje fui levá-los ao aeroporto e na hora de se despedir foi triste, sabe saudades antecipada?
Voltei pra casa pensando que quanto mais velinho fica meu pai mais divertido ele esta, a companhia dele foi agradabilíssima.
Agradeci a Deus por esses dias, foi um lindo presente para nós.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Esperanza

 

Por muy larga que sea la tormenta, el sol siempre vuelve a brillar entre las nubes.
 
Khalil Gibran (1883-1931) Ensayista, novelista y poeta libanés.
Es necesario esperar, aunque la esperanza haya de verse siempre frustada, pues la esperanza misma constituye una dicha, y sus fracasos, por frecuentes que sean, son menos horribles que su extinción.
 
Samuel Johnson (1709-1784) Escritor inglés.
En el corazón de todos los inviernos vive una primavera palpitante, y detrás de cada noche, viene una aurora sonriente.
 
Khalil Gibran (1883-1931) Ensayista, novelista y poeta libanés.
Si supiera que el mundo se acaba mañana, yo, hoy todavía, plantaría un árbol.
 
Martin Luther King (1929-1968) Religioso estadounidense.
Si ayudo a una sola persona a tener esperanza, no habré vivido en vano.
 
Martin Luther King (1929-1968) Religioso estadounidense.
La esperanza es el sueño del hombre despierto.
 
Aristóteles (384 AC-322 AC) Filósofo griego.
La esperanza es el peor de los males, pues prolonga el tormento del hombre.
 
Friedrich Nietzsche (1844-1900) Filosofo alemán.
Si la mañana no nos desvela para nuevas alegrías y, si por la noche no nos queda ninguna esperanza, ¿es que vales la pena vestirse y desnudarse?
 
Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) Poeta y dramaturgo alemán.
La desesperanza está fundada en lo que sabemos, que es nada, y la esperanza sobre lo que ignoramos, que es todo.
 
Maurice Maeterlinck (1862-1949) Escritor belga.
Es mejor viajar lleno de esperanza que llegar.