Meus textos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amo...

 



Amo o silêncio, acima de tudo. Sim, gosto de certo barulho, mas não gosto de ser dominado por ele. Afinal, é o silêncio que me permite visitar os oásis desta vida agitada e abarulhentada por sons, palavras, imagens, movimentos, opiniões, conceitos, preconceitos, contradições... Amo a natureza terapêutica da solitude, a espiritualidade e a experiência de estar quieto, mesmo que frequentemente rodeado por gente. Acredito no silêncio como forma de subverter e transformar minhas próprias opiniões e dogmatismos. Não aprecio a tagarelice existencial, não curto o barulho da alma como caminho de fuga. Busco o tipo de quietude que me convida a reencontrar a mim mesmo, a ouvir a voz do Eterno, a ver o muito que vai no coração. Aprecio o silêncio que reina no meio de uma boa e inspiradora conversa, nas pausas pra se pensar, nos intervalos entre o que se diz e o que se ouviu, para que tanto o que foi dito quanto o que foi ouvido encontrem sentido na mente, no coração e no espírito. Por isso, gosto de pessoas que desenvolvem a arte de ficar em silêncio quando e se necessário, especialmente as que, no contexto da amizade, guardam mais tempo para o silêncio e a contemplação, do que para dizerem o que, quando e como querem, não importando o contexto.

Luís Wesley

Nenhum comentário:

Postar um comentário