Meus textos

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cristianismo sem sal.

Hoje estava relendo um material que produzi para um amigo e fiquei pensando como tinha ficado chato, isso mesmo chato! Era didático com vários textos, aplicação contextual e evoluía de  com claridade mas para mim tinha um problema terrível, era impessoal e técnico.
Existem grandes autores, escritores, pregadores que conseguem ser técnico em tudo, o cara escreve coisas interessantes mais sem se deixar envolver ou sem fazer parte daquilo que produziu. Como conseguem?
Sei que esse tipo de literatura tem sua importância e sem duvida se faz necessária, contudo o fato que as vezes nos acostumamos com essa metodologia superficial e técnicas frias e chegamos ao extremo de aplicá-las quando falamos de cristianismo, talvez por isso vivamos tempos de pouco profundidade espiritual.
Estou cansado de escutar amigos pregadores que descem do púlpito frustrados com seus sermões. As pessoas elogiam na porta da igreja, ressalta a importância, os outros pregadores afirmam que estava ordenado. Como assim ordenado? Parece que hoje em dia o sermão não tem mais a tarefa de gerar uma explosão de sentimentos tais como: preocupação, tristeza, felicidade, perdão, conversão, mudança, irritação e consolo?
Não quero defender aqui o emocional ismo, porém não é atitude inteligente querer eliminá-lo afinal de contas são atributos inerentes ao ser humano e o próprio Jesus provocava essas reações.
A igreja tem sofrido com:
·         Sermões vazios de vida.
·         Louvores despojados de paixão.
·         Literaturas desprovidas de ímpeto.
·         Coreografias carentes de sentido.
·         Devocionais cansativos.
·         Liturgia opressora.

Absolutamente nada pode substituir a presença o E. Santo na igreja. Sem sua atuação tudo perde o sentido, perde a essência o sal.

RABISCANDO A TOA




Junto do seu telefone deve ter um bloquinho cheio de rabiscos. Preste atenção neles. Você vai ficar surpreso (a) com algumas revelações que anda largando por aí.
"Espirais: Quem fica desenhando espirais não gosta de ficar sozinho. Desenhos assim são feitos, geralmente, por pessoas que gostam de se destacar no grupo e batalham para ter alguma função em qualquer lugar, em qualquer turma".
"Flores: Se você, vira e mexe, desenhar flores, é uma pessoa sensível. Seu jeito meio maternal deve fazer muito sucesso entre sobrinhos, primos
menores".
"Setas: Desenhar setas significa alguma idéia fixa. Se elas apontarem para baixo ou para esquerda, elas falam de alguma coisa que já passou. Se elas apontarem para a direita, indicam futuro. Se as setas apontarem para cima, você deve estar entediado (a) e é bom se programar direitinho para o próximo fim de semana".
"Olhos: Você é curioso (a) ou está procurando alguma solução para um problema se desenhar olhos. O sentido do olhar também é importante: para a esquerda, indica algo no passado; para a direita, mira o futuro. Se você tiver desenhado olhos fechados, é provável que não esteja querendo enfrentar uma situação ou não queira admitir algo cruel sobre si mesmo".


"Círculos: O hábito de desenhar círculos indica que você é uma pessoa que se completa, mas gosta de passar bastante tempo com as pessoas. No entanto, se são vários círculos que se sobrepõem, você gosta de ficar na sua. Pode ser, também, que esteja tentando guardar um segredo. Se você costuma completar o círculo cuidadosamente, deve já ter-se dado mal ao se abrir com os outros e, agora, tenta se fechar mais".
"Pessoas: Se você gostar de desenhar caras e bocas, tudo indica que se sinta bem ajustado (a) ao seu mundo. As expressões dessas figuras que surgem do nada também revelam como você está se sentindo.
Ou seja: quem está contente desenha pessoas felizes. Se em vez disso, o que surgem no papel são figuras esquisitas, fantasmas, algo deve estar pegando na sua vida".
"Nomes: Se você não parar de escrever seu próprio nome, pode ser um jeito inconsciente de demonstrar que está triste ou se sentindo rejeitado(a) pelos outros. Mas pode também significar que você anda muito preocupado (a) consigo mesmo e, que nesse momento, nada mais importa".


"Cubos: Desenhar cubos revela uma pessoa que nada tem de preguiçoso(a).
Pelo contrário: você é criativo (a), motivado (a) e gosta de pôr a mão na massa, de participar. Desenhar um cubo dentro do outro demonstra frustração com alguma coisa ou alguém".
"Estrelas: Rabiscar estrelas é um sinal de ambição, de que você tem objetivos bem definidos na sua cabeça. Se as estrelas forem simétricas, você sabe analisar as situações, é curioso (a) e seguro (a) de si. Já as estrelas disformes, assimétricas, indicam que você tem muita energia, mas
não sabe bem como usá-la".
"Casas: Desenhar casas significa estar se sentindo bem no lugar onde se vive. Uma casa aponta para uma sensação de conforto, paz com a família, mesmo que algumas brigas com os irmãos pareçam dizer o contrário. Mas se a casa não tiver janelas nem portas, isso pode indicar uma sensação de pouco espaço".
"Linhas: Linhas retas são feitas por quem é entusiasmado (a), objetivo (a) e vai direto ao ponto. Linhas em ziguezague ou que se cruzam várias vezes indicam que alguma coisa mexeu muito com você, mas sua opção é não pôr o dedo na ferida. Ao menos por enquanto".
"Ondas: Você está pronto para mergulhar em alguma coisa nova, que pode mudar a sua vida. Ondas lembram movimento, expectativa de uma oportunidade especial ou desejo de cair fora, rapidinho". 

"NÃO SEI"


 
Se vc ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:

Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e alí... aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:

- Será que vai chover hoje?
Se você responder "com certeza"...a sua área é Vendas:
- o pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.

Se a resposta for "sei lá, estou pensando em outra coisa"... então a sua área é Marketing:
- o pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.

Se você responder "sim há uma boa probabilidade"...você é da área de Engenharia:
- o pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.

Se a resposta for "depende"...você nasceu para Recursos Humanos:
- uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.

Se você responder "ah, a meteorologia diz que não"...você é da área de Contabilidade:
- o pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.

Se a resposta for "sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas":
- então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada
para qualquer virada de tempo.

Agora, se você responder "não sei" há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder "não sei" quando não sabe.
Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.

"Não sei", é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo e pré dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder "não sei" é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa.
Por quê?
Eu sinceramente "não sei".

AZARADINHO










Ô, dó.....

ARROGÂNCIA


 
 
        O diálogo abaixo é verídico, e foi travado em  outubro de 1995 entre um navio da Marinha Norte Americana e as autoridades costeiras do Canadá, próximo ao litoral de Newfoundland.
Os americanos começaram na maciota:

- Favor alterar seu curso 15 graus para norte
para evitar colisão com nossa embarcação.
 Os canadenses responderam de pronto:
 - Recomendo mudar o SEU curso 15 graus para sul.

 O americano ficou mordido:
- Aqui é o capitão de um navio da Marinha Americana.
 Repito, mude o SEU curso.

 Mas o canadense insistiu:
- Não. Mude o SEU curso atual

O negócio começou a ficar feio. O capitão americano
berrou ao microfone:
 - ESTE É O PORTA-AVIÕES USS LINCOLN, O SEGUNDO MAIOR
NAVIO DA FROTA AMERICANA NO ATLÂNTICO. ESTAMOS
ACOMPANHADOS DE TRÊS DESTROYERS, TRÊS FRAGATAS E
NUMEROSOS NAVIOS DE SUPORTE. EU EXIJO QUE VOCÊS
MUDEM SEU CURSO 15 GRAUS PARA NORTE,
OU ENTÃO TOMAREMOS CONTRAMEDIDAS PARA
GARANTIR A SEGURANÇA DO NAVIO.

E o canadense respondeu:
- Aqui é um farol, câmbio!
 

Às vezes a nossa arrogância nos faz cegos... 
(enviado por Gervásio)
quantas vezes criticamos a ação dos outros,
quantas vezes exigimos mudanças de comportamento
nas pessoas  que vivem perto de nós quando na verdade
 nós é que deveríamos mudar o nosso rumo... 

Aprendendo com o Jacó


 
Jacó para seu filho:
- Filho, eu quero que você se case com uma moça que eu escolhi.
 
O filho responde:
- Pai, eu quero escolher a minha mulher.
 
Jacó:
- Meu filho, ela é filha do Bill Gates!
 
O filho: - Bem... neste caso eu aceito.
 
Então Jacó vai à procura de Bill Gates. Jacó para Bill Gates:
- Bill, eu tenho o marido para sua filha.
 
Bill Gates:
- Mas a minha filha é muito jovem para se casar.
 
Jacó: - - Mas esse jovem é vice-presidente do Banco Mundial.
 
Bill Gates: - Nesse caso, tudo bem!
 
Finalmente Jacó vai ao Presidente do Banco Mundial.
 
Jacó:
- Sr. Presidente eu tenho um jovem que é recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
 
Presidente:
- Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, inclusive mais do que o
necessário.
 
Jacó:
- Mas Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
 
Presidente:
- Neste caso ele está contratado!

AJUDA DIVINA


   
    O rio subia e subia, inundando as casas até o teto; a Defesa Civil, a Cruz Vermelha e o Exército tentavam resgatar a quantos podiam.
    —Suba à lancha, senhor — dizem a uma pessoa que estava no alto de um teto, com a água na cintura.
    —Não, não faz falta, eu não necessito ajuda humana porque tenho muita fé e por isso meu Deus vai me salvar.
    —Deixe de bobagem  e suba à lancha rápido, que não temos muito tempo, porque há muitos mais a quem resgatar.
    —NÃO! Eu tenho muita fé e meu Deus vai me resgatar.
    Os que estão na lancha vêem que o homem está irredutível e como há tantas outras pessoas a quem ajudar, decidem ir embora.
    A água continua subindo, a corrente ameaça arrancar a nosso religioso homem daquele teto e levá-lo; ele se aferra ao teto com as unhas. Nisso se aproxima um helicóptero e do alto estendem-lhe uma escadinha.
    — SUBA! VENHA PARA CIMA! — dizem-lhe em voz alta.
    — EU NÃO NECESSITO AJUDA HUMANA PORQUE TENHO MUITA FÉ QUE MEU DEUS VAI ME SALVAR!
    O helicóptero vai resgatar outros. A corrente acaba levando o homem rio abaixo, porém do alto de uma ponte lhe jogam uma corda.
    — EU NÃO NECESSITO AJUDA HUMANA PORQUE... — etc., etc.
    O homem se afoga. Ao chegar ao céu, indignado, vai pedir contas a Deus:
    — Muito bonito, eu dizendo como um idiota que o senhor iria me ajudar, e nada! É esse seu amor por seus filhos? É assim que desampara a quem tem fé em Ti?
Deus se irrita e responde:
"ESCUTA-ME BEM, MAL-AGRADECIDO!
PORQUE TENS FÉ EM MIM TE MANDEI
UM BOTE, UM HELICÓPTERO E UMA CORDA,
E TUDO RECHAÇASTE.
QUE QUERIAS, QUE EU FOSSE EM PESSOA BUSCAR-TE?".
  Enrique Barrios

ADVERTÊNCIAS

 
Dá para acreditar que estas advertências estão realmente escritas em embalagens
de produtos vendidos em Portugal?
As advertências aos consumidores abaixo foram colecionadas em hipermercados
portugueses, em duas horas apenas, por um médico brasileiro que ministrou curso
em Lisboa, a convite da OMS.
Todas são absolutamente verdadeiras, inclusive os nomes dos produtos.
****************************************************************************
Num secador de cabelos:
"NAO USE QUANDO ESTIVER DORMINDO"
(Sei lá, você pode querer ganhar tempo....)
Na embalagem do sabonete anti-séptico Dial:
"INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL"
(Boa! Cabe a cada um imaginar pra que serve um sabonete anormal...)
Em alguns pacotes de refeições congeladas Swan:
"SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO:  DESCONGELAR PRIMEIRO"
(É só sugestão! De repente o pessoal pode estar a fim de chupá-las como picolé...).
Num hotel que oferecia touca para a ducha:
"VÁLIDO PARA UMA CABEÇA"
(Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca...)
Na sobremesa Tiramisú da marca Tesco, impresso no lado de baixo da caixa:
"NÃO INVERTER A EMBALAGEM"
(Oops!!! leu o aviso...é porque já inverteu!)
No pudim da Marks & Spencer:
"ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO"
(Brilhante!!!).
Na embalagem do ferro de passar Rowenta de fabricação alemã:
"NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO"
(Gostaria de conhecer a infeliz criatura que não deu ouvidos a este aviso)

Num medicamento pediátrico contra o catarro infantil, da Boots:
"NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINÁRIA PESADA
DEPOIS DE  TOMAR ESTE MEDICAMENTO"
(Tantos acidentes poderiam ser evitados se fosse possível manter esses
travessos miúdos de 4 anos longe dos volantes dos carros e dos tratores Catterpillars)

Nas pastilhas para dormir da Nytol:
"ADVERTÊNCIA: PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA"
(Pode não, deve!!!! Foi prá isso que eu comprei!!!!).
Numa faca de cozinha:
"IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO"
(Será que lá os cachorros e gatos são ninjas disfarçados? Nunca vi nenhum mexer em faca!! )

Numa caixa de luzes decoração de Natal:
"USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR"
(Alguém pode me dizer qual é a 3ª opção?? Será o espaço cósmico?
Agora sei o que são as estrelas do céu ).

Nos pacotes de amendoim da Sainsbury:
"AVISO: CONTÉM AMENDOINS"
(Mania de estragar as surpresas!! Se não me contasse eu não saberia...)
Numa serra elétrica da Husqvarna, de fabricação sueca:
"NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS"
(Kit de castração caseira??!! )
Num saquinho de batatas fritas:
"VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES  DENTRO".

Numa fantasia infantil de Super-Homem:
"O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR".
(Olha como isso destrói a imaginação da criança!)

24 COISAS QUE VOCÊ NÃO PODE MORRER SEM SABER!!!


 
01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.
05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
06 - As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.
07 - As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas.
08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.
09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.
10 - Só um alimento não se deteriora: o mel.
11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto.
12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.
13 - As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.
14 - O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.
15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.
16 - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua. 
18 - É impossível espirrar com os olhos abertos.
19 - "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.
20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
22 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
23 - 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa-noite ao William Bonner no final.
24 - Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este email, tentam lamber o cotovelo

Apenas un Toque - Fernanda Brum em espanhol

Louvores em Espanhol Legenda em Portuguese. By Celio Abatti.

Musica Cristiana - Com Muito Louvor (Espanhol) Victor Cruz

Ed René Kivitz - TALMIDIM 111: Sinédrio

Traduções contemporâneas dos dez mandamentos

 

I Não terás outros deuses
Não crerás na existência de outros deuses, senão de Deus.
Não explicarás o universo senão em relação a Deus.
Não terás outro critério de verdade senão Deus.
Não te relacionarás com pseudodivindades, senão com Deus.
Não dependerás de falsos deuses, senão de Deus.
Não terás satisfação em nada que exclua Deus.
II Não farás imagens
Não tratarás como Deus o que não é Deus.
Não compararás Deus com qualquer de suas criaturas.
Não atribuirás poder divino a qualquer das criaturas de Deus.
Não colocarás nenhuma criatura entre ti e o teu Deus.
Não diminuirás Deus para que possas compreendê-lo ou dominá-lo.
Não adorarás qualquer criatura que pretenda representar Deus.
III Não tomarás o nome do teu Deus em vão
Não dissociarás o nome da pessoa de Deus.
Não colocarás palavras na boca de Deus.
Não te esconderás atrás do nome de Deus.
Não usarás o nome de Deus para te justificares.
Não te relacionarás com uma idéia a respeito de Deus, senão com o próprio Deus.
Não semearás dúvidas respeito do caráter e da identidade de Deus.
IV Lembra-te do sábado
Não deixarás de dedicar tempo exclusivamente para Deus.
Não deixarás de prestar atenção em Deus.
Não deixarás de descansar em Deus.
Não derivarás teu valor da tua produtividade.
Não tratarás a vida como tua conquista.
Não deixarás de reconhecer que em tudo dependes de Deus.
V Honra teu pai e tua mãe
Não negarás tua origem.
Não terás vergonha do teu passado.
Não deixarás de fazer as pazes com tua história.
Não destruirás a família.
Não banalizarás a autoridade dos pais em relação aos filhos.
Não deixarás teu pai e tua mãe sem o melhor dos teus cuidados.
VI Não matarás
Não tirarás a vida de alguém.
Não tirarás ninguém da vida.
Não negarás o perdão
Não farás justiça com tuas mãos movidas pelo ódio.
Não negarás ao outro a oportunidade de existir na tua vida.
Não construirás uma sociedade que mata.
VII Não adulterarás
Não farás sexo.
Não farás sexo na imaginação.
Não farás sexo virtual.
Exceto com teu cônjuge.
Não te deixarás dominar pelos teus instintos físicos.
Não terás um coração leviano e infiel.
Não te satisfarás apenas no sexo, mas te realizarás acima de tudo no amor.
VIII Não furtarás
Não vincularás tua satisfação às tuas posses.
Não te deixarás dominar pelo desejo do que não possuis.
Não usurparás a propriedade e o direito alheios.
Não deixarás de praticar a gratidão.
Não construirás uma imagem às custas do que não podes ter.
Não pensarás só em ti mesmo.
IX Não dirás falso testemunho
Não dirás mentiras.
Não dirás meias verdades.
Não acrescentarás nada à verdade.
Não retirarás nada da verdade.
Não destruirás teu próximo com tuas palavras.
Não dirás ter visto o que não vistes.
X Não cobiçarás
Não viverás em função do que não tens.
Não desprezarás o que tens.
Não te colocarás na condição de injustiçado.
Não desdenharás os méritos alheios.
Não duvidarás da equanimidade das dádivas de Deus.
Não viverás para fazer teu o que é do teu próximo, mas do teu próximo o que é teu

fonte: Blog Ed Rene

Os Essenciais da Missão


PDF Imprimir E-mail

O pacto de Lausanne oficializado em 1974 por líderes de 150 países sintetizou a missão da Igreja dizendo que o propósito de Deus é oferecer o Evangelho todo, por meio de toda a Igreja, a toda criatura, em todo o mundo.
Deixa, assim, bem claro que a missão de Deus é o mundo. O método de Deus é a Igreja. O tempo de Deus é hoje.
Paulo escreve a carta aos Romanos estando em Corinto possivelmente no ano 57. Ele estava de partida para Jerusalém levando a oferta para os crentes pobres e aproveita a saída de Febe, uma senhora de Cencréia nos derredores de Corinto que viajava para Roma, para escrever uma carta a esta nova e respeitada igreja.
Havia na igreja de Roma judeus e gentios, sendo os gentios predominantes. Uma igreja com a fé em Cristo alicerçada e liderança reconhecida. Paulo estava no fim de sua terceira viagem missionária e planeja seu próximo passo. Ele escreve para a igreja antes mesmo de visitá-la. Uma comunidade de crentes no centro do Império em uma cidade com cerca de 1 milhão de pessoas.
Ele era um missionário bem como um teólogo. Como teólogo ele expõe para a Igreja em Roma os fundamentos da fé cristã e fortalece a igreja. Como missionário ele diz que pretende visitá-los de passagem para a Espanha, onde pretendia testemunhar de Cristo. Como teólogo ele diz que a glória de Deus é a finalidade maior da existência da Igreja. Como missionário ele enfatiza que a prioridade diária da igreja é anunciar a Cristo onde ainda não fora anunciado.
Agostinho, Lutero e John Wesley vieram ao Senhor Jesus através dos textos desta carta aos Romanos. Lutero afirma que jamais um texto mudou tanto a vida de homens e mulheres como esta carta. João Crisóstomo pedia que lhe fosse lida esta carta uma vez por semana. Calvino dizia que esta carta era uma introdução à Bíblia. Melancton a transcreveu, duas vezes, à mão, para conhecê-la melhor.
Introdução – Chamado para ser apóstolo
Leiamos todo o capítulo 1 desta carta de Paulo aos Romanos.
No capítulo 1, verso 1, Paulo se apresenta e o faz a partir de suas convicções mais profundas.
Ele aqui é “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”.
Ele afirma ser “servo” – doulos – escravo comprado pelo sangue do Cordeiro, liberto das cadeias do pecado e da morte e, apesar de livre, cativo pelo Senhor que o libertou.
Ele afirma ser chamado para ser “apóstolo” demonstrando que alguns servos podem ser chamados ao apostolado, porém não há apóstolos que não sejam primeiramente servos.
Ele é “chamado” por Deus. Em Efésios 4 ele entende que o Senhor Jesus chama, dentre todos na Igreja, “alguns” para serem apóstolos, profetas, pastores, evangelistas e mestres.
Quem nós somos, nosso chamado em Cristo, é mais determinante para nosso ministério do que para onde iremos. Não há na Palavra um chamado geográfico (para a China, Índia...), ou mesmo étnico  (para os Indígenas, Africanos...). O chamado bíblico é funcional, quem somos em Cristo Jesus, e não para onde iremos.
Na exposição de Paulo alguns foram chamados para serem  apóstolos, ou “a pedrinha lançada bem longe”, na expressão de John Knox. São aqueles que vão aonde a igreja ainda não chegou. Há os  profetas, que falam da parte de Deus e comunicam Sua verdade. Há os chamados para serem pastores, que amam e cuidam do rebanho de Cristo. Estes são aqueles que amam estar com o povo de Deus e se realizam ministerialmente cuidando deste povo. Há os evangelistas, que são aqui os “modeladores” do evangelho, ou seja, os discipuladores. São os irmãos que fazem um trabalho nos bastidores, de discipulado, extremamente relevante para o Reino, o crescimento e amadurecimento da Igreja. Por fim os mestres, que ensinam a Palavra de forma clara e transformadora. São aqueles que lêem a Palavra e a expõe, e o fazem de forma tão clara que marca vidas e corações.
 Na dinâmica do chamado há certamente uma direção geográfica. Se alguém possui convicção de que Deus o quer na Índia isto significa que há uma direção geográfica de Deus, não um chamado ministerial. Mas notem: a direção geográfica muda, e mudou diversas vezes na vida de Paulo. O chamado, porém, permanece.
Paulo foi chamado para os gentios, como por vezes expressa. Era uma força de expressão para seu perfil missionário pois, com exceção dos judeus, todo o mundo era gentílico. Assim ele expressa em Romanos 15:20 a prioridade geográfica do ministério da Igreja:  “onde Cristo ainda não foi anunciado”. Na época, prioritariamente entre os gentios.  Hoje, porém, pode ser perto e pode ser longe. Uma pessoa, de qualquer língua, raça, povo ou nação, que ainda não tenha ouvido as maravilhas do Evangelho, é a prioridade de Deus para a obra missionária.
Vivemos dias difíceis em que as convicções bíblicas mais profundas são questionadas dentro e fora da Igreja. É necessário alicerçarmos nossas convicções bíblicas missionais.
1. A mensagem missional: o evangelho é o poder de Deus

Leiamos juntos o verso 16:  “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”.

Temos freqüentemente uma má compreensão bíblica sobre o evangelho. No meio missionário ouvimos que o “evangelho está se expandindo”, que o “evangelho está crescendo”, que o “evangelho está sofrendo oposição” pois compreendemos evangelho como Igreja, ou como movimento missionário. Paulo sempre alterna suas ênfase evangelizadora, ora dizendo que prega o evangelho, ora dizendo que prega a Cristo.
Não estamos com isto afirmando que Jesus é o conteúdo do Evangelho, mas que Jesus é o próprio Evangelho. A expressão grega euaggelion – Boas Novas – refere-se ao cumprimento da Promessa – epaggelia. Jesus é, portanto, tanto a epaggelia quanto o euaggelion – tanto a promessa quanto seu cumprimento. É uma expressão validadora que a Promessa profetizada em todo o Novo Testamento está entre nós.
A Promessa chegou, e está entre nós. Ela se chama Jesus.
Jesus, portanto, é o Evangelho. Usando cores fortes no verso 16 Paulo afirma que “não me envergonho do evangelho”, ao que ele quer dizer: “eu não me envergonho de Jesus”. Quando ele afirma que o evangelho “é o poder de Deus” ela deseja comunicar que “Jesus é o poder de Deus”. Quando ele categoricamente destaca que o evangelho é poderoso para “salvar a todo aquele que crê” refere-se a Cristo: Jesus é poderoso para salvar a todo aquele que crê.
Assim, se nos envergonharmos do evangelho, estamos nos envergonhando de Jesus. Se deixarmos de pregar o evangelho, deixamos de pregar a Jesus. Se não cremos no evangelho, não cremos em Jesus. Se passamos a questionar o evangelho, seus efeitos perante as culturas indígenas, africanas e asiáticas, sua relevância, nós não estamos questionando uma doutrina, um movimento ou a Igreja. Nós estamos questionando a Jesus.
O que Paulo expressa neste primeiro capítulo é que, apesar do pecado, do diabo, da carne e do mundo, não estamos perdidos no universo: há um plano de redenção. Ele se chama Jesus. O poder de Deus se convergiu em Jesus. Ele nos amou com amor infinito. Ele está entre nós.
E ele diz de forma claríssima: “Não me envergonho”. A expressão aqui usada para vergonha apontava para uma posição de desconforto, quando alguém é destacado e criticado por muitos, ridicularizado.
Entendamos o contexto. O mundo da época era imperialista humanista e triunfalista. Interessante como as filosofias sociais não mudaram tanto em 2.000 anos.  O evangelho, porém, contendia com todas estas idéias e, assim, colocava Paulo em situação altamente desconfortável ao apresentar Jesus como a verdade de Deus para salvação de todo homem.
 Em um mundo imperialista Roma era o centro do universo e César o único capaz de organizar a sociedade de forma justa. Qualquer outra solução social que não passasse por Roma seria vista  politicamente como uma afronta. Paulo, ao falar  do evangelho de Deus como único capaz de solucionar os conflitos humanos seria combatido politicamente, colocando-o em clara situação de desconforto. A pregação do evangelho, assim, afrontava os pilares sociais e políticos.
Em um mundo humanista, sob influência grega, o homem habitava o centro do universo e qualquer ideologia ou filosofia só faria sentido se glorificasse o próprio homem. Ao falar sobre o evangelho de Deus, e não o evangelho do homem, Paulo certamente seria visto como um simplista cheio de religiosidade, alguém com uma mente menor. A pregação do evangelho, desta forma, afrontava também a filosofia da época.
Em um mundo triunfalista o universo era definido entre os conquistadores e os conquistados. Vencer batalhas e conquistar novas terras era o equivalente ao progresso. Ao falar sobre o evangelho de Deus como o único elemento capaz de vencer, glorificando o próprio Deus e não os homens, Paulo é visto como um derrotado. Desta forma a pregação do evangelho afrontava também a maneira do homem enxergar a vida.
Portanto, há 2.000 anos, falar do evangelho de Deus – falar de Jesus - poderia causar problemas políticos, gerar desprezo intelectual ao pregador e dar-lhe uma identidade de derrotado. Nada tão diferente de nossos dias.
Perante isto o Apóstolo Paulo brada: “eu não me envergonho....”. O evangelho é o poder de Deus. O evangelho é Jesus.
Gostaria de destacar algumas implicações desta nossa convicção missional, de que o evangelho é o poder de Deus.
Em primeiro lugar o evangelho jamais será derrotado pois o evangelho é Cristo. Sofrerá oposição, seus pregadores serão perseguidos. Será caluniado, mas jamais derrotado.
Em segundo lugar o evangelho não é o plano da Igreja para a salvação do mundo mas o plano de Deus para a salvação da Igreja. O que valida a Igreja é o evangelho, não o contrário. Se a Igreja deixa de seguir o evangelho, de seguir a Cristo, se a Igreja passa a absorver o imperialismo, humanismo, triunfalismo, e esquecer-se de Jesus, deixa de ser Igreja. A Igreja só é igreja se for evangélica – se seguir o evangelho.
Em terceiro lugar o evangelho não deve ser apenas compreendido e vivido. Ele se manifestou entre nós para ser pregado pelo povo de Deus. Paulo usa esta expressão diversas e diversas vezes. Aos Romanos ele diz que se esforça para pregar o evangelho (Rm 15.20). Aos Coríntios ele diz que não foi chamado para batizar mas para pregar o evangelho (1 Co 1.17). Diz também que pregar o evangelho é sua obrigação (1 Co 9.16).
Não importa mais o que façamos em nossas iniciativas missionárias, é preciso pregar o evangelho. A pregação abundante do evangelho, portanto, não é aqui apenas o cumprimento de uma ordem ou uma estratégia missionária mas o reconhecimento do poder de Deus. Uma igreja, uma pessoa, uma missão que não proclama Jesus está, paradoxalmente, menosprezando a expressão do poder de Deus na terra e a própria essência do evangelho, que é Jesus.
 Paulo está dizendo, por outro lado, que é possível haver motivos humanos para um sentimento de vergonha, ou seja, constrangimento, ao pregar o evangelho. H averá humilhação, desprezo e perseguição. Mas “não me envergonho” porque é o evangelho é Jesus.
2. A necessidade missional: a humanidade – impiedosa e perversa – é indesculpável

No verso 18 Paulo nos apresenta a um Deus irado contra a atitude humana dizendo: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”.
No verso 20 ele afirma que Deus se manifestou desde a criação. Deus se manifestou e continuamos impiedosos e perversos. Somos, assim, indesculpáveis.
Notem que a “ira de Deus” não se manifesta contra o homem mas contra a impiedade e perversão do homem.
A “impiedade” refere-se a termos rompido com os valores de Deus. A “perversidade” refere-se a termos rompido com os valores dos homens. Expõe, portanto, um homem corrompido também criador de sua própria verdade.
Nem tudo o que é cultural é puro. O relativismo ético tem tentado moldar a presente geração convencendo-a de que toda prática humana é justificável desde que seja aceita por um grupo, ou seja, pelo próprio homem. A Palavra nos afirma o contrário: as práticas que fomentam o sofrimento do próximo e o distanciamento de Deus nos condenam – somos indesculpáveis.
Nos versículos 19 e 20, Deus se manifesta através da criação e há aqui um elemento universal: um Deus soberano, criador, controlador do universo e detentor da autoridade sobre a criação. Os homens, citados no verso 18, tornam-se indesculpáveis por ser Deus revelado na criação “desde o princípio do mundo”, sendo revelado tanto o “seu eterno poder”, quanto “a sua própria divindade”. Portanto, perante um homem caído, existente em sua própria injustiça, impiedoso e perverso, Paulo não destaca soluções humanas, eclesiásticas ou mesmo sociais. Ele nos apresenta Deus. Na teologia paulina a solução para o homem não é o homem, mas é Deus e Sua revelação.
Paulo está aqui, com forte tônica teológica, descrevendo a necessidade humana. Precisamos de Deus.
Em nosso estado natural após a queda – impiedade e perversidade – estamos perdidos. Podemos convencer alguém de que ele é pecador mas apenas o Espírito Santo poderá convencê-lo de que está perdido. O homem natural não se enxerga perdido, mesmo se enxergando pecador, o que o pretere de buscar a salvação em Cristo. Somente quando o Espírito Santo intervém ele é convencido de sua premente necessidade de Cristo.
O mundo hoje, após 2.000 anos em que esta Palavra foi revelada, continua impiedoso, perverso, perdido e necessitado de Deus.
40 milhões de africanos falam mais de 1.200 línguas que ainda nada conhecem do evangelho de Cristo. Na América Latina 1 terço das línguas nada tem da Palavra de Deus. Há ainda bem mais de 100 etnias indígenas, no Brasil, sem presença missionária, e mais de 180 sem uma igreja local entre eles. A Europa vive hoje uma fase pós cristã onde pregar o evangelho é tarefa das mais árduas. Alguns dizem que verdadeiros missionários pregam o evangelho nos lugares menos desenvolvidos, mais pobres e isolados do planeta. Ledo engano. Na África e na Amazônia pessoas sentam-se ao seu redor para lhe ouvir, mas não na Europa. Ali o evangelho é ridicularizado como também o evangelizador.
 O Islamismo, nos últimos 5 anos cresceu 500% no mundo. O Budismo 100%. O Hinduísmo 70%. O Cristianismo 45%.  O Islamismo não é apenas a religião que mais cresce no mundo hoje mas é também a religião predominante em 43 países. 20% da população mundial é Islâmica. Os Islâmicos esperam se tornar a religião mais ativa na Suécia, França e Inglaterra dentro de 20 anos.
Há mais de 17.000 comunidades ribeirinhas e indígenas sem nada do evangelho no Norte do nosso país.  O sul continua sendo um desafio imensurável. Poucas igrejas, pouco avanço, grande necessidade. O nordeste, apesar do abençoado avanço missionário nos últimos 15 anos, ainda possui bolsões onde Jesus é totalmente desconhecido e jamais foi apresentado ao povo local.
Cresce no mundo toda sorte de “perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (verso 18).  Paulo enumera alguns atos de perversão. No verso 20 ele nos fala da perversão filosófica em que os homens, mesmo perante a manifestação de Um que tudo criou, procuram alicerçar suas vidas com base em seus próprios pensamentos corruptíveis. No verso 23 fala-nos da perversão religiosa em que mudaram a glória de Deus, incorruptível, em imagem de homem corruptível bem como de aves, quadrúpedes e repteis. Fala-nos da idolatria. No verso 26 em diante nos fala a respeito da perversão ética  onde ele menciona que o homem deixa o contato natural com a mulher e se relaciona homem com homem, cometendo torpeza.  No verso 28 a Palavra nos diz que, por terem desprezado o conhecimento de Deus, o Senhor os entrega a uma “disposição mental reprovável”. Ou seja, a natureza humana é pecaminosa, e assim o homem se põe a cometer “atos inconvenientes, cheios de injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e misericórdia” (Rm 1.29, 30 e 31).
O homem, portanto, não é condenado por não conhecer a história bíblica. Ele é condenado por não glorificar a Deus. Os homens não são condenados por não ouvirem a Palavra. São condenados cada um por seu pecado.
Há alguns elementos bíblicos neste precioso texto que nos ajudam a pensar em alguns princípios em relação ao evangelho.
Em primeiro lugar há uma verdade universal e supra cultural: Deus é soberano e dono de toda glória. Esta verdade fundamenta a proclamação do evangelho.
Em segundo lugar o pecado intencional (perversidade e impiedade) nos separa de Deus. Não há como apresentar Deus que busca se relacionar com o homem sem expor o pecado humano e seu estado de total carência de salvação.
Em terceiro lugar somos seres culturalmente idólatras. É comum ao homem caído gerar uma idéia de deus que satisfaça aos seus anseios sem confrontá-lo com o pecado. Esta atitude é encontrada em toda a história humana e não colabora para o encontro do homem com a verdade de Deus.
Em quarto lugar a mensagem pregada por Paulo é contextualizada, expondo Deus de forma compreensível.  Não é inculturada, pregando um deus aceitável ou desejável, mas sim um Deus verdadeiro. Se amenizarmos a mensagem do pecado contribuiremos para a incompreensão do evangelho, o sincretismo religioso e o esfriamento do movimento missionário.
3. A manifestação missional: Deus nos convida a crer - o justo viverá por fé
Uma das expressões mais bombásticas em toda a Escritura se encontra no verso 19: “porque Deus lhes manifestou”.
Somos salvos pela manifestação de Deus. As nações  - todo aquele que crê – serão salvas pela manifestação de Deus. Não pela capacidade da Igreja, por suas estratégias bem torneadas, por suas mentes brilhantes, por sua habilidade lingüística ou teológica – mas pela manifestação de Deus.
Deus  não é manifestado, Ele aqui se manifesta. Ele é o iniciador da nossa salvação. Seu amor é a segurança de que somos salvos.
C.S. Lewis nos diz que a imutabilidade do caráter de Deus – Pai amoroso – é a segurança de nossa salvação.  A fé não é a fé na Igreja, ou a fé na própria fé, mas sim a fé em Deus, naquEle que se manifesta.
No capítulo 1, verso 17, Paulo nos diz que “a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.
Em meio ao caos do pecado, diz Paulo, o justo viverá. Viverá por fé.
Ele aqui reproduz a mensagem de Habacuque (Habacuque 2:4) que faz esta afirmação 600 anos antes de Cristo .  Para entendermos esta verdade  precisamos pensar no profeta Habacuque.
No primeiro capítulo do livro de Habacuque o profeta denuncia o sofrimento do povo de Deus. Diz que, perante o ataque dos Caldeus, o povo sofre violência, destruição, prisão e humilhação. E pergunta: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão?" (1:2-3). O profeta pede que Deus mude as circunstâncias, que anule o sofrimento.Deus responde à Habacuque, mas não é a resposta que ele deseja ouvir. O Senhor diz que haverá ainda mais destruição, morte e sofrimento. Habacuque se desespera e diz que se porá na torre de vigia. Habacuque não sabe o que fazer.
Pede paz e o Senhor lhe anuncia coisas ainda mais terríveis. Pede que o sofrimento cesse e o Senhor lhe apresenta sofrimento ainda maior. Habacuque, porém, confia no caráter do Senhor e diz: eu esperarei.Ali Habacuque reflete e percebe que Deus possui motivos para castigar o seu povo. Identifica, assim a idolatria, a autoconfiança e a iniqüidade. Habacuque ainda aguarda na torre de vigia e espera a misericórdia do Senhor.

Ao fim ele percebe que Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,  todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha fortaleza” ( Hc 3: 17-19).O profeta percebe que Deus não perdeu Seu poder mesmo perante o caos. Deus não deixa de ser Deus quando se cala. E Deus permite o caos para nos ensinar a crer. O profeta percebe que Deus o convida a crer, e este é o assunto central neste diálogo entre Habacuque e Deus. Habacuque pede que o Senhor mude as circunstâncias mas Deus lhe convida a crer que Ele é Deus mesmo no meio da tempestade. 

No capítulo 3.17 Habacuque exclama, aquilo que iria levar Paulo após 600 anos a fundamentar a carta aos Romanos, e aquilo que levaria Lutero, após 2.100 anos, a iniciar a Reforma: “O justo viverá por fé”.
Deus não convida os povos a ver, mas sim a crer. Deus nos convida a ter fé. E a fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra do Senhor.
Não há nada mais poderoso em nossas ações missionárias do que proclamarmos a Palavra do Senhor. Ela gera fé. Ela transforma o coração mais duro, a nação mais forte, o homem mais ímpio. Ela transformou a minha e a sua vida. Fará isto ainda com milhões. A missão da Igreja não é apenas clamar por paz, ou pedir que o Senhor mude as circunstâncias. A missão da Igreja é proclamar a Palavra que gera fé, converte o coração, transforma as nações.
Conclusão

Partilhamos nestas linhas algumas  convicções missionais. A mensagem missional (o evangelho  - Jesus - é o poder de Deus); A necessidade missional (o homem, impiedoso e perverso, está perdido); A manifestação missional (Deus convida o mundo a crer: o justo viverá por fé).

O pastor Hernandes Dias Lopes diz que a obra missionária é imperativa, intransferível e inadiável.  Ele tem razão. Diz também que a Igreja é a única que não ouve e obedece a voz de Deus.

Deus ordenou, e sua Palavra sempre foi obedecida. Ele disse ‘haja luz’ e houve luz. Falou ao mar e ele se abriu. Sua palavra foi obedecida por demônios que foram expulsos, enfermos que foram sarados, muralhas que caíram. Ele falou à tempestade e ela se acalmou.

Ele também ordenou a igreja: vá por todo o mundo anunciar Jesus a todas as nações.  Após 2.000 anos de Cristianismo Jesus ainda permanece desconhecido por boa parte do planeta, mais de 3.500 línguas faladas por 2 bilhões de pessoas não o conhecem. Será a Igreja, perante todos, a única a desobedecer ao comando do Senhor ?

Os Essenciais da Missão PDF Imprimir E-mail

O pacto de Lausanne oficializado em 1974 por líderes de 150 países sintetizou a missão da Igreja dizendo que o propósito de Deus é oferecer o Evangelho todo, por meio de toda a Igreja, a toda criatura, em todo o mundo.
Deixa, assim, bem claro que a missão de Deus é o mundo. O método de Deus é a Igreja. O tempo de Deus é hoje.
Paulo escreve a carta aos Romanos estando em Corinto possivelmente no ano 57. Ele estava de partida para Jerusalém levando a oferta para os crentes pobres e aproveita a saída de Febe, uma senhora de Cencréia nos derredores de Corinto que viajava para Roma, para escrever uma carta a esta nova e respeitada igreja.
Havia na igreja de Roma judeus e gentios, sendo os gentios predominantes. Uma igreja com a fé em Cristo alicerçada e liderança reconhecida. Paulo estava no fim de sua terceira viagem missionária e planeja seu próximo passo. Ele escreve para a igreja antes mesmo de visitá-la. Uma comunidade de crentes no centro do Império em uma cidade com cerca de 1 milhão de pessoas.
Ele era um missionário bem como um teólogo. Como teólogo ele expõe para a Igreja em Roma os fundamentos da fé cristã e fortalece a igreja. Como missionário ele diz que pretende visitá-los de passagem para a Espanha, onde pretendia testemunhar de Cristo. Como teólogo ele diz que a glória de Deus é a finalidade maior da existência da Igreja. Como missionário ele enfatiza que a prioridade diária da igreja é anunciar a Cristo onde ainda não fora anunciado.
Agostinho, Lutero e John Wesley vieram ao Senhor Jesus através dos textos desta carta aos Romanos. Lutero afirma que jamais um texto mudou tanto a vida de homens e mulheres como esta carta. João Crisóstomo pedia que lhe fosse lida esta carta uma vez por semana. Calvino dizia que esta carta era uma introdução à Bíblia. Melancton a transcreveu, duas vezes, à mão, para conhecê-la melhor.
Introdução – Chamado para ser apóstolo
Leiamos todo o capítulo 1 desta carta de Paulo aos Romanos.
No capítulo 1, verso 1, Paulo se apresenta e o faz a partir de suas convicções mais profundas.
Ele aqui é “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”.
Ele afirma ser “servo” – doulos – escravo comprado pelo sangue do Cordeiro, liberto das cadeias do pecado e da morte e, apesar de livre, cativo pelo Senhor que o libertou.
Ele afirma ser chamado para ser “apóstolo” demonstrando que alguns servos podem ser chamados ao apostolado, porém não há apóstolos que não sejam primeiramente servos.
Ele é “chamado” por Deus. Em Efésios 4 ele entende que o Senhor Jesus chama, dentre todos na Igreja, “alguns” para serem apóstolos, profetas, pastores, evangelistas e mestres.
Quem nós somos, nosso chamado em Cristo, é mais determinante para nosso ministério do que para onde iremos. Não há na Palavra um chamado geográfico (para a China, Índia...), ou mesmo étnico  (para os Indígenas, Africanos...). O chamado bíblico é funcional, quem somos em Cristo Jesus, e não para onde iremos.
Na exposição de Paulo alguns foram chamados para serem  apóstolos, ou “a pedrinha lançada bem longe”, na expressão de John Knox. São aqueles que vão aonde a igreja ainda não chegou. Há os  profetas, que falam da parte de Deus e comunicam Sua verdade. Há os chamados para serem pastores, que amam e cuidam do rebanho de Cristo. Estes são aqueles que amam estar com o povo de Deus e se realizam ministerialmente cuidando deste povo. Há os evangelistas, que são aqui os “modeladores” do evangelho, ou seja, os discipuladores. São os irmãos que fazem um trabalho nos bastidores, de discipulado, extremamente relevante para o Reino, o crescimento e amadurecimento da Igreja. Por fim os mestres, que ensinam a Palavra de forma clara e transformadora. São aqueles que lêem a Palavra e a expõe, e o fazem de forma tão clara que marca vidas e corações.
 Na dinâmica do chamado há certamente uma direção geográfica. Se alguém possui convicção de que Deus o quer na Índia isto significa que há uma direção geográfica de Deus, não um chamado ministerial. Mas notem: a direção geográfica muda, e mudou diversas vezes na vida de Paulo. O chamado, porém, permanece.
Paulo foi chamado para os gentios, como por vezes expressa. Era uma força de expressão para seu perfil missionário pois, com exceção dos judeus, todo o mundo era gentílico. Assim ele expressa em Romanos 15:20 a prioridade geográfica do ministério da Igreja:  “onde Cristo ainda não foi anunciado”. Na época, prioritariamente entre os gentios.  Hoje, porém, pode ser perto e pode ser longe. Uma pessoa, de qualquer língua, raça, povo ou nação, que ainda não tenha ouvido as maravilhas do Evangelho, é a prioridade de Deus para a obra missionária.
Vivemos dias difíceis em que as convicções bíblicas mais profundas são questionadas dentro e fora da Igreja. É necessário alicerçarmos nossas convicções bíblicas missionais.
1. A mensagem missional: o evangelho é o poder de Deus

Leiamos juntos o verso 16:  “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”.

Temos freqüentemente uma má compreensão bíblica sobre o evangelho. No meio missionário ouvimos que o “evangelho está se expandindo”, que o “evangelho está crescendo”, que o “evangelho está sofrendo oposição” pois compreendemos evangelho como Igreja, ou como movimento missionário. Paulo sempre alterna suas ênfase evangelizadora, ora dizendo que prega o evangelho, ora dizendo que prega a Cristo.
Não estamos com isto afirmando que Jesus é o conteúdo do Evangelho, mas que Jesus é o próprio Evangelho. A expressão grega euaggelion – Boas Novas – refere-se ao cumprimento da Promessa – epaggelia. Jesus é, portanto, tanto a epaggelia quanto o euaggelion – tanto a promessa quanto seu cumprimento. É uma expressão validadora que a Promessa profetizada em todo o Novo Testamento está entre nós.
A Promessa chegou, e está entre nós. Ela se chama Jesus.
Jesus, portanto, é o Evangelho. Usando cores fortes no verso 16 Paulo afirma que “não me envergonho do evangelho”, ao que ele quer dizer: “eu não me envergonho de Jesus”. Quando ele afirma que o evangelho “é o poder de Deus” ela deseja comunicar que “Jesus é o poder de Deus”. Quando ele categoricamente destaca que o evangelho é poderoso para “salvar a todo aquele que crê” refere-se a Cristo: Jesus é poderoso para salvar a todo aquele que crê.
Assim, se nos envergonharmos do evangelho, estamos nos envergonhando de Jesus. Se deixarmos de pregar o evangelho, deixamos de pregar a Jesus. Se não cremos no evangelho, não cremos em Jesus. Se passamos a questionar o evangelho, seus efeitos perante as culturas indígenas, africanas e asiáticas, sua relevância, nós não estamos questionando uma doutrina, um movimento ou a Igreja. Nós estamos questionando a Jesus.
O que Paulo expressa neste primeiro capítulo é que, apesar do pecado, do diabo, da carne e do mundo, não estamos perdidos no universo: há um plano de redenção. Ele se chama Jesus. O poder de Deus se convergiu em Jesus. Ele nos amou com amor infinito. Ele está entre nós.
E ele diz de forma claríssima: “Não me envergonho”. A expressão aqui usada para vergonha apontava para uma posição de desconforto, quando alguém é destacado e criticado por muitos, ridicularizado.
Entendamos o contexto. O mundo da época era imperialista humanista e triunfalista. Interessante como as filosofias sociais não mudaram tanto em 2.000 anos.  O evangelho, porém, contendia com todas estas idéias e, assim, colocava Paulo em situação altamente desconfortável ao apresentar Jesus como a verdade de Deus para salvação de todo homem.
 Em um mundo imperialista Roma era o centro do universo e César o único capaz de organizar a sociedade de forma justa. Qualquer outra solução social que não passasse por Roma seria vista  politicamente como uma afronta. Paulo, ao falar  do evangelho de Deus como único capaz de solucionar os conflitos humanos seria combatido politicamente, colocando-o em clara situação de desconforto. A pregação do evangelho, assim, afrontava os pilares sociais e políticos.
Em um mundo humanista, sob influência grega, o homem habitava o centro do universo e qualquer ideologia ou filosofia só faria sentido se glorificasse o próprio homem. Ao falar sobre o evangelho de Deus, e não o evangelho do homem, Paulo certamente seria visto como um simplista cheio de religiosidade, alguém com uma mente menor. A pregação do evangelho, desta forma, afrontava também a filosofia da época.
Em um mundo triunfalista o universo era definido entre os conquistadores e os conquistados. Vencer batalhas e conquistar novas terras era o equivalente ao progresso. Ao falar sobre o evangelho de Deus como o único elemento capaz de vencer, glorificando o próprio Deus e não os homens, Paulo é visto como um derrotado. Desta forma a pregação do evangelho afrontava também a maneira do homem enxergar a vida.
Portanto, há 2.000 anos, falar do evangelho de Deus – falar de Jesus - poderia causar problemas políticos, gerar desprezo intelectual ao pregador e dar-lhe uma identidade de derrotado. Nada tão diferente de nossos dias.
Perante isto o Apóstolo Paulo brada: “eu não me envergonho....”. O evangelho é o poder de Deus. O evangelho é Jesus.
Gostaria de destacar algumas implicações desta nossa convicção missional, de que o evangelho é o poder de Deus.
Em primeiro lugar o evangelho jamais será derrotado pois o evangelho é Cristo. Sofrerá oposição, seus pregadores serão perseguidos. Será caluniado, mas jamais derrotado.
Em segundo lugar o evangelho não é o plano da Igreja para a salvação do mundo mas o plano de Deus para a salvação da Igreja. O que valida a Igreja é o evangelho, não o contrário. Se a Igreja deixa de seguir o evangelho, de seguir a Cristo, se a Igreja passa a absorver o imperialismo, humanismo, triunfalismo, e esquecer-se de Jesus, deixa de ser Igreja. A Igreja só é igreja se for evangélica – se seguir o evangelho.
Em terceiro lugar o evangelho não deve ser apenas compreendido e vivido. Ele se manifestou entre nós para ser pregado pelo povo de Deus. Paulo usa esta expressão diversas e diversas vezes. Aos Romanos ele diz que se esforça para pregar o evangelho (Rm 15.20). Aos Coríntios ele diz que não foi chamado para batizar mas para pregar o evangelho (1 Co 1.17). Diz também que pregar o evangelho é sua obrigação (1 Co 9.16).
Não importa mais o que façamos em nossas iniciativas missionárias, é preciso pregar o evangelho. A pregação abundante do evangelho, portanto, não é aqui apenas o cumprimento de uma ordem ou uma estratégia missionária mas o reconhecimento do poder de Deus. Uma igreja, uma pessoa, uma missão que não proclama Jesus está, paradoxalmente, menosprezando a expressão do poder de Deus na terra e a própria essência do evangelho, que é Jesus.
 Paulo está dizendo, por outro lado, que é possível haver motivos humanos para um sentimento de vergonha, ou seja, constrangimento, ao pregar o evangelho. H averá humilhação, desprezo e perseguição. Mas “não me envergonho” porque é o evangelho é Jesus.
2. A necessidade missional: a humanidade – impiedosa e perversa – é indesculpável

No verso 18 Paulo nos apresenta a um Deus irado contra a atitude humana dizendo: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”.
No verso 20 ele afirma que Deus se manifestou desde a criação. Deus se manifestou e continuamos impiedosos e perversos. Somos, assim, indesculpáveis.
Notem que a “ira de Deus” não se manifesta contra o homem mas contra a impiedade e perversão do homem.
A “impiedade” refere-se a termos rompido com os valores de Deus. A “perversidade” refere-se a termos rompido com os valores dos homens. Expõe, portanto, um homem corrompido também criador de sua própria verdade.
Nem tudo o que é cultural é puro. O relativismo ético tem tentado moldar a presente geração convencendo-a de que toda prática humana é justificável desde que seja aceita por um grupo, ou seja, pelo próprio homem. A Palavra nos afirma o contrário: as práticas que fomentam o sofrimento do próximo e o distanciamento de Deus nos condenam – somos indesculpáveis.
Nos versículos 19 e 20, Deus se manifesta através da criação e há aqui um elemento universal: um Deus soberano, criador, controlador do universo e detentor da autoridade sobre a criação. Os homens, citados no verso 18, tornam-se indesculpáveis por ser Deus revelado na criação “desde o princípio do mundo”, sendo revelado tanto o “seu eterno poder”, quanto “a sua própria divindade”. Portanto, perante um homem caído, existente em sua própria injustiça, impiedoso e perverso, Paulo não destaca soluções humanas, eclesiásticas ou mesmo sociais. Ele nos apresenta Deus. Na teologia paulina a solução para o homem não é o homem, mas é Deus e Sua revelação.
Paulo está aqui, com forte tônica teológica, descrevendo a necessidade humana. Precisamos de Deus.
Em nosso estado natural após a queda – impiedade e perversidade – estamos perdidos. Podemos convencer alguém de que ele é pecador mas apenas o Espírito Santo poderá convencê-lo de que está perdido. O homem natural não se enxerga perdido, mesmo se enxergando pecador, o que o pretere de buscar a salvação em Cristo. Somente quando o Espírito Santo intervém ele é convencido de sua premente necessidade de Cristo.
O mundo hoje, após 2.000 anos em que esta Palavra foi revelada, continua impiedoso, perverso, perdido e necessitado de Deus.
40 milhões de africanos falam mais de 1.200 línguas que ainda nada conhecem do evangelho de Cristo. Na América Latina 1 terço das línguas nada tem da Palavra de Deus. Há ainda bem mais de 100 etnias indígenas, no Brasil, sem presença missionária, e mais de 180 sem uma igreja local entre eles. A Europa vive hoje uma fase pós cristã onde pregar o evangelho é tarefa das mais árduas. Alguns dizem que verdadeiros missionários pregam o evangelho nos lugares menos desenvolvidos, mais pobres e isolados do planeta. Ledo engano. Na África e na Amazônia pessoas sentam-se ao seu redor para lhe ouvir, mas não na Europa. Ali o evangelho é ridicularizado como também o evangelizador.
 O Islamismo, nos últimos 5 anos cresceu 500% no mundo. O Budismo 100%. O Hinduísmo 70%. O Cristianismo 45%.  O Islamismo não é apenas a religião que mais cresce no mundo hoje mas é também a religião predominante em 43 países. 20% da população mundial é Islâmica. Os Islâmicos esperam se tornar a religião mais ativa na Suécia, França e Inglaterra dentro de 20 anos.
Há mais de 17.000 comunidades ribeirinhas e indígenas sem nada do evangelho no Norte do nosso país.  O sul continua sendo um desafio imensurável. Poucas igrejas, pouco avanço, grande necessidade. O nordeste, apesar do abençoado avanço missionário nos últimos 15 anos, ainda possui bolsões onde Jesus é totalmente desconhecido e jamais foi apresentado ao povo local.
Cresce no mundo toda sorte de “perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (verso 18).  Paulo enumera alguns atos de perversão. No verso 20 ele nos fala da perversão filosófica em que os homens, mesmo perante a manifestação de Um que tudo criou, procuram alicerçar suas vidas com base em seus próprios pensamentos corruptíveis. No verso 23 fala-nos da perversão religiosa em que mudaram a glória de Deus, incorruptível, em imagem de homem corruptível bem como de aves, quadrúpedes e repteis. Fala-nos da idolatria. No verso 26 em diante nos fala a respeito da perversão ética  onde ele menciona que o homem deixa o contato natural com a mulher e se relaciona homem com homem, cometendo torpeza.  No verso 28 a Palavra nos diz que, por terem desprezado o conhecimento de Deus, o Senhor os entrega a uma “disposição mental reprovável”. Ou seja, a natureza humana é pecaminosa, e assim o homem se põe a cometer “atos inconvenientes, cheios de injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e misericórdia” (Rm 1.29, 30 e 31).
O homem, portanto, não é condenado por não conhecer a história bíblica. Ele é condenado por não glorificar a Deus. Os homens não são condenados por não ouvirem a Palavra. São condenados cada um por seu pecado.
Há alguns elementos bíblicos neste precioso texto que nos ajudam a pensar em alguns princípios em relação ao evangelho.
Em primeiro lugar há uma verdade universal e supra cultural: Deus é soberano e dono de toda glória. Esta verdade fundamenta a proclamação do evangelho.
Em segundo lugar o pecado intencional (perversidade e impiedade) nos separa de Deus. Não há como apresentar Deus que busca se relacionar com o homem sem expor o pecado humano e seu estado de total carência de salvação.
Em terceiro lugar somos seres culturalmente idólatras. É comum ao homem caído gerar uma idéia de deus que satisfaça aos seus anseios sem confrontá-lo com o pecado. Esta atitude é encontrada em toda a história humana e não colabora para o encontro do homem com a verdade de Deus.
Em quarto lugar a mensagem pregada por Paulo é contextualizada, expondo Deus de forma compreensível.  Não é inculturada, pregando um deus aceitável ou desejável, mas sim um Deus verdadeiro. Se amenizarmos a mensagem do pecado contribuiremos para a incompreensão do evangelho, o sincretismo religioso e o esfriamento do movimento missionário.
3. A manifestação missional: Deus nos convida a crer - o justo viverá por fé
Uma das expressões mais bombásticas em toda a Escritura se encontra no verso 19: “porque Deus lhes manifestou”.
Somos salvos pela manifestação de Deus. As nações  - todo aquele que crê – serão salvas pela manifestação de Deus. Não pela capacidade da Igreja, por suas estratégias bem torneadas, por suas mentes brilhantes, por sua habilidade lingüística ou teológica – mas pela manifestação de Deus.
Deus  não é manifestado, Ele aqui se manifesta. Ele é o iniciador da nossa salvação. Seu amor é a segurança de que somos salvos.
C.S. Lewis nos diz que a imutabilidade do caráter de Deus – Pai amoroso – é a segurança de nossa salvação.  A fé não é a fé na Igreja, ou a fé na própria fé, mas sim a fé em Deus, naquEle que se manifesta.
No capítulo 1, verso 17, Paulo nos diz que “a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.
Em meio ao caos do pecado, diz Paulo, o justo viverá. Viverá por fé.
Ele aqui reproduz a mensagem de Habacuque (Habacuque 2:4) que faz esta afirmação 600 anos antes de Cristo .  Para entendermos esta verdade  precisamos pensar no profeta Habacuque.
No primeiro capítulo do livro de Habacuque o profeta denuncia o sofrimento do povo de Deus. Diz que, perante o ataque dos Caldeus, o povo sofre violência, destruição, prisão e humilhação. E pergunta: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão?" (1:2-3). O profeta pede que Deus mude as circunstâncias, que anule o sofrimento.Deus responde à Habacuque, mas não é a resposta que ele deseja ouvir. O Senhor diz que haverá ainda mais destruição, morte e sofrimento. Habacuque se desespera e diz que se porá na torre de vigia. Habacuque não sabe o que fazer.
Pede paz e o Senhor lhe anuncia coisas ainda mais terríveis. Pede que o sofrimento cesse e o Senhor lhe apresenta sofrimento ainda maior. Habacuque, porém, confia no caráter do Senhor e diz: eu esperarei.Ali Habacuque reflete e percebe que Deus possui motivos para castigar o seu povo. Identifica, assim a idolatria, a autoconfiança e a iniqüidade. Habacuque ainda aguarda na torre de vigia e espera a misericórdia do Senhor.

Ao fim ele percebe que Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,  todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha fortaleza” ( Hc 3: 17-19).O profeta percebe que Deus não perdeu Seu poder mesmo perante o caos. Deus não deixa de ser Deus quando se cala. E Deus permite o caos para nos ensinar a crer. O profeta percebe que Deus o convida a crer, e este é o assunto central neste diálogo entre Habacuque e Deus. Habacuque pede que o Senhor mude as circunstâncias mas Deus lhe convida a crer que Ele é Deus mesmo no meio da tempestade. 

No capítulo 3.17 Habacuque exclama, aquilo que iria levar Paulo após 600 anos a fundamentar a carta aos Romanos, e aquilo que levaria Lutero, após 2.100 anos, a iniciar a Reforma: “O justo viverá por fé”.
Deus não convida os povos a ver, mas sim a crer. Deus nos convida a ter fé. E a fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra do Senhor.
Não há nada mais poderoso em nossas ações missionárias do que proclamarmos a Palavra do Senhor. Ela gera fé. Ela transforma o coração mais duro, a nação mais forte, o homem mais ímpio. Ela transformou a minha e a sua vida. Fará isto ainda com milhões. A missão da Igreja não é apenas clamar por paz, ou pedir que o Senhor mude as circunstâncias. A missão da Igreja é proclamar a Palavra que gera fé, converte o coração, transforma as nações.
Conclusão

Partilhamos nestas linhas algumas  convicções missionais. A mensagem missional (o evangelho  - Jesus - é o poder de Deus); A necessidade missional (o homem, impiedoso e perverso, está perdido); A manifestação missional (Deus convida o mundo a crer: o justo viverá por fé).

O pastor Hernandes Dias Lopes diz que a obra missionária é imperativa, intransferível e inadiável.  Ele tem razão. Diz também que a Igreja é a única que não ouve e obedece a voz de Deus.

Deus ordenou, e sua Palavra sempre foi obedecida. Ele disse ‘haja luz’ e houve luz. Falou ao mar e ele se abriu. Sua palavra foi obedecida por demônios que foram expulsos, enfermos que foram sarados, muralhas que caíram. Ele falou à tempestade e ela se acalmou.

Ele também ordenou a igreja: vá por todo o mundo anunciar Jesus a todas as nações.  Após 2.000 anos de Cristianismo Jesus ainda permanece desconhecido por boa parte do planeta, mais de 3.500 línguas faladas por 2 bilhões de pessoas não o conhecem. Será a Igreja, perante todos, a única a desobedecer ao comando do Senhor ?