Meus textos

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu e meu silêncio confesso.


Meus verdadeiros amigos sabem como gosto de uma boa prosa que quando temos oportunidade gastamos horas, pois acho que esses momentos são especiais.

Os últimos anos me ensinaram a valorizar as oportunidades que Deus nos dá. Lembro-me como se fosse hoje conversas que entraram para minha memória eterna.

Como esquecer conversas regadas a muita risada e chimarrão?
Como esquecer conversas cheias de sonhos e planejamentos?
Como esquecer conversas repletas de revelações?
Como esquecer conversas abarrotadas de companheirismo?
Como esquecer conversas que foram visitadas por Deus?

De fato são inolvidáveis!

Da mesma forma meus amigos sabem que quanto mais difícil e tensa a situação menos falo e prefiro guardar silêncio. Já não quero ferir ninguém no ardor do momento.   

Mesmo que entre eu e meu silêncio haja gritos e ruídos estrondosos, prefiro jogar a toalha e declinar ao convite de uma batalha que não tenha prêmio.

Oscar Wilde tem um argumento fascinante sobre a comunicação sem palavras ¨ Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos ¨

Não preciso gritar ate ficar vermelho, não necessito correr atrás do carro quando ele parte, de acenar para a pessoa que o trem leva ou balançar o lenço branco no caís para demonstrar o que sinto.

Hoje sentei e sem pronunciar sequer uma palavra  conversei com Deus como é de costume sai com a certeza que na sinfonia da vida o regente é responsável por cada nota musical ate mesmo pelo instrumento que parece desafinado.

Deus escuta nosso silêncio como se fosse o brado do ultimo suspiro.


Marcus A. Grovo

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