Porque não me ensinaram antes?

 

Naqueles dias o pequeno caderno que usava de diário tinha sido meu confessionário, pensamentos meu suposto conselheiro e as lembranças minhas penitencias.


Lembranças de um passado que teimava em sair dos porões da minha alma e trazer a memória o que luto para sepultar.


O passado e suas tribulações teimavam em ressuscitar feito a fênix que não se rende ao esquecimento eterno.


Erros e traumas que autrora foram superados simplesmente se fortaleciam dentro de mim, e perguntava-me ate quando terei que lutar contra um inimigo invencível?


Foi então que o sol brilhou e dissipou o inverno que não tinha cedido espaço para as outras estações. Aquele que eu julgava meu inimigo na verdade era minha humanidade, o resultado dos acontecimentos de minha vida.


Estou sendo esculpido e decidi não negar as marcar que ficaram, não deixar a dádiva do SENTIR jogada no chão, não negar meu humanismo.


Mais que nunca reconheço que sou pecador, fraco e falho mais estou estranhamente feliz, pois hoje posso dizer que dependo unicamente da graça!


Num necessito mais buscar a paz de forma desesperada, encontro tranqüilidade nos olhos raivosos dos meus acusadores que não entendem como suas armas perderam o efeito.


Com um sorriso de uma criança que descobre a proteção e amor do pai repito para mim mesmo: LA GRACIA.


Marcus. A. Grovo